1a Fase: Lua-de-mel
Esta fase é a mais romântica e cor-de-rosa. Nos encantamos e ficamos fascinados com tudo que é novo: O modo de vida, pessoas, lugares, comidas, etc. Isto geralmente dura algumas semanas e ficamos maravilhados. É um período de observação e novas descobertas. Somos gentis com os locais, mas ainda buscamos conhecer pessoas do nosso próprio país para nos adaptarmos melhor.
Como toda lua-de-mel, uma hora ela chega ao fim e quando a rotina começa a ser criada as dificuldades começam a surgir.
2a. Fase: Choque Cultural ou Crise
Em aproximadamente três meses (mais ou menos dependendo da pessoa) as diferenças entre a nova cultura e a antiga começam a ficar bem distinas e isto pode gerar ansiedade. Aquela sensação de “tudo novo” pode ir embora e podemos nos sentir frustrados ou irritados por termos problemas com a comunicação, acomodação, amigos, escola, trabalho, principalmente se tivermos de lidar com situações desconhecidas, ofensivas e até mesma inaceitáveis.
Estas reações, muitas vezes, são decorrentes das limitações com a língua, mas podem estar relacionadas com hábitos de higiene, segurança, alimentação, etc. Muitas pessoas sentem falta da comida típica do país de origem, outros sentem falta do ritmo de vida, alguns acreditam que os hábitos do novo país são irritantes, nojentos, incômodos, etc. Neste momento toda a euforia pode se tornar frustração conforme as diferenças ficam cada vez mais claras.
Nos sentimos assim porque podemos estar estressados ou preocupados demais em lidar com novas questões e problemas e isso pode chegar a afetar nosso sistema imunológico, nos deixando doentes e tristes. Nos esforçamos para aprender uma nova língua, cultura, hábitos, etc e nosso corpo sente esta mudança, pois estamos nos exercitando mentalmente muito mais do que o normal para processar a nova cultura.
Também começamos a fazer coisas diferentes do que fazíamos no nosso próprio país. Trabalhamos com coisas que jamais imaginaríamos, fazemos horários diferentes, tudo é diferente! O fato de não sabermos ao certo onde nos “encaixamos” nos deixa inseguros. Muitas vezes somos profissionais desenvoltos na nossa própria área de atuação de trabalho e agora temos de “aprender” um trabalho novo onde temos de nos virar para nos comunicar. Ufa!
Além disso passamos por todo este processo longe das pessoas que conhecemos, portanto nosso senso de “identidade” fica meio perdido e nosso bem-estar pode ficar comprometido. Algumas pessoas até desenvolvem pequenas “paranóias” temporárias, pois nos sentimos um “peixe fora d’água”. Se sentir deprimido durante esta fase é muito comum, mas aguente firme que é só uma fase e ela acaba. Prometo.
É importante saber que algumas pessoas sofrem o Choque Cultural sem passar pela fase da Lua-de-mel. Podemos sentir falta do nosso país, da nossa comida, amigos, família e até mesmo das coisas que não gostávamos. Neste caso, evite se isolar, dormir demais ou agredir as pessoas ao seu redor. Crie um diário, passeie com os amigos, converse com sua host-family e busque se adaptar à nova cultura como talvez jantar com a família, mesmo que não esteja com muita fome e dormir nas horas normais mesmo sem sono, para que seu corpo começe a se ajustar ao novo país também.
3a. Fase: Ajuste
Entre 6 e 12 meses já estamos nos sentindo bem mais adaptados à nova cultura e às nossas novas rotinas. Já conhecemos as situações mais corriqueiras e sabemos lidar com as coisas do dia-a-dia, é quando tudo se torna mais “normal”. Começamos a bolar “soluções” para nos adaptar à nova cultura, descobrindo como incorporar novos e velhos hábitos. Aceitamos o novo país de forma mais positiva e percebemos que nossas queixas não eram tão bem fundamentadas assim, reduzindo nossa frustração e irritação. Quando começamos a reagir de forma positiva ao nosso redor, estamos, de fato, nos adaptando.
4a. Fase: Adaptação
Nesta fase já nos “sentimos em casa”. Nos sentimos confortáveis em participar da nova cultura. Nos adaptamos, mas não nos “convertemos”, pois podemos adotar alguns aspectos da nova cultura, mas ainda mantemos a cultura de origem, garantindo nossa identidade. Esta fase é conhecida também como uma fase bi-cultural onde as duas culturas convivem em harmonia.
Muito bom né???
Segue a fonte caso queiram pesquisar mais:
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